Lesão do mecanismo extensor do joelho

O que é o mecanismo extensor do joelho?

O mecanismo extensor do joelho é composto pelo tendão do quadríceps, pela patela e pelo tendão patelar. Essas três estruturas em conjunto possibilitam que o paciente consiga esticar o joelho contra resistência. Mesmo com uma musculatura forte de coxa, caso uma ou mais dessas estruturas estejam lesadas, o paciente não consegue realizar a extensão do joelho de forma ativa. As lesões do tendão quadríceps normalmente ocorrem em pacientes maiores de 40 anos e podem ter relação com comorbidades como diabetes e insuficiência renal. As lesões do tendão patelar normalmente ocorrem em pacientes que praticam esportes menores de 40 anos.

Qual o quadro clínico dos pacientes com lesão do mecanismo extensor do joelho?

Pacientes com lesão do mecanismo extensor, independente de qual das estruturas foi lesada, apresentam quadro clinico em comum de não conseguir esticar o joelho de forma ativa. Quando ocorre lesão do tendão do quadríceps, o paciente normalmente apresenta um “gap” ou buraco na região superior da patela e a patela pode estar mais baixa que o habitual e quando ocorre lesão do tendão patelar esse “gap” ou buraco é na região inferior da patela e a patela pode estar mais alta que o habitual. Nas fraturas de patela normalmente pode haver crepitação anterior devido aos fragmentos ósseos quebrados. Localmente, para qualquer uma das três lesões, existe um grande aumento de volume do joelho devido ao sangramento causado pela lesão.

Como é feito o diagnóstico das lesões do mecanismo extensor do joelho

O diagnóstico das lesões do mecanismo extensor é realizado por meio de exame físico e exames de imagem complementares. O exame físico vai mostrar um grande aumento de volume do joelho, dor na região anterior do joelho e incapacidade do paciente de estender o joelho contra a gravidade. Alterações na altura da patela e gaps podem também estar presentes. A complementação diagnóstica é feita inicialmente com radiografias. No caso de fraturas da patela, a radiografia já é suficiente para o diagnóstico e eventualmente uma tomografia pode ser solicitada para planejamento cirúrgico do tratamento. Quando as estruturas tendíneas são lesadas, as radiografias podem ser normais. Dessa forma, quando há suspeita diagnóstica, deve ser solicitado exame de ultrassom ou ressonância magnética para verificar se a lesão realmente ocorreu o qual o grau da lesão.

Qual é o tratamento das lesões do mecanismo extensor do joelho?

O tratamento das lesões do mecanismo extensor do joelho deve se basear na capacidade do paciente estender o joelho ou não. Lesões parciais do tendão do quadríceps e do tendão patelar ou mesmo fraturas pequenas e sem desvio da patela podem ser tratadas sem cirurgia. Nessas situações o paciente normalmente necessita do uso de um imobilizador do joelho por um período que pode ir até 6 a 8 semanas. No caso de lesão completa das estruturas tendíneas ou fratura com desvio da patela, o tratamento normalmente é cirúrgico. A cirurgia tem como objetivo reparar a estrutura lesada, seja colocando os fragmentos no lugar e fazendo uma fixação ou mesmo retirando fragmentos muito pequenos nas fraturas de patela e reparando os tendões lesados normalmente com fios de alta resistência. A cirurgia tem como objetivo reparar a estrutura lesada e permitir que o paciente volte a esticar o joelho contra a gravidade. Normalmente, após a cirurgia também é necessário um período de imobilização para permitir uma cicatrização adequada das estruturas.

Dr. Camilo Helito


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